sábado, 3 de setembro de 2011

A EXPERIÊNCIA DA ONG SOCIEDADE ANIMAL NO CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES DE RUA EM FLORIANÓPOLIS

A EXPERIÊNCIA DA ONG SOCIEDADE ANIMAL NO CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES DE RUA EM FLORIANÓPOLIS
A VIDA EM TODOS SEUS ASPECTOS: A EXPERIÊNCIA DA ONG SOCIEDADE ANIMAL NO CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES DE RUA EM FLORIANÓPOLIS
THE LIVES IN ALL ITS ASPECTCS: THE EXPERIENCE OF THE NGO ANIMAL SOCIETY IN THE POPULATION CONTROL OF STREET DOGS IN FLORIANOPOLIS
CRISTIANE ELLER1
ÁLVARO AFONSO SIMON2
RESUMO
Este texto pretende provocar o debate sobre a relação dos seres humanos e não humanos enfocando o número crescente de cães de rua nas áreas urbanas principalmente nos bairros mais pobres. O tema está soterrado há muitos anos, mas recentemente diversas ONGs têm colocado em relevo as conseqüências da posse irresponsável de cães, desocultando a insensibilidade dos seres humanos para com estes animais. Prevalece nessa relação o descompromisso do poder público, gerando forte angústia nos humanos que desenvolveram uma sensibilidade que escapa do domínio da pura necessidade e lutam por um outro espaço qualitativamente diferente. Em função da inexistência de políticas públicas no trato do problema e da posse irresponsável por parte da sociedade, já se percebe a existência de uma rede informal de ONGs, que oferecem uma experiência sólida de controle populacional de cães de rua. Neste contexto nos dirigimos especificamente ao trabalho realizado pela Sociedade Animal na Lagoa da Conceição em Florianópolis.
PALAVRAS CHAVE: Cães de rua, controle populacional, posse irresponsável.
ABSTRACT
This manuscript intends to stimulate the debate about the relationship between human and not human being, focusing on the increasing number of street dogs in urban areas, mainly in the poorest neighborhoods. The theme has been ignored for centuries, but recently various NGOs have highlighted the consequences of the irresponsible ownership of dogs, exposing the insensitivity of the human race concerning these animals. In this relationship, it prevails the lack of commitment from the governments, generating an agony in the people who developed sensibility, which escape from the domain of the simple need and fight for an other space qualitatively different. Given the nonexistence of public politics to deal with the problem, and the irresponsible ownership of the society, it is already possible to realize the existence of an informal network of NGOs that offer a solid experience with street dogs’ population control. In this context, this text refers specifically to the work developed by the Animal Society of Lagoa da Conceição in Florianópolis.
KEY-WORDS: Street dogs, population control and irresponsible ownership
INTRODUÇÃO
Em todas as fases históricas da vida do homem podemos identificar a participação de seres não humanos, que contribuíram e até mesmo foram fundamentais em determinados saltos evolucionários. Estudos apontam que o primeiro exemplo disso foi a utilização do cão como arma de guerra na disputa entre as “espécies” humanas (neandertal e o homo sapiens). Mais tarde o cavalo foi utilizado como energia na consolidação da revolução neolítica fazendo parte da complementaridade animal-esterco-arado (Simon, 2003) . A história nos aponta que gradualmente a importância do papel desempenhado pelos animais nas diversas sociedades foi modificando com a sucessão dos tempos, seguindo as determinações humanas.
Na linha do tempo e na diversificação dos espaços, alguns animais foram se tornando “entes” intimamente ligados às sociedades, a ponto de fazerem parte dos contratos sociais que definem seus acordos éticos e morais (Murcho, 2005). Neste aspecto, o cão se destacou entre todos, tornando-se para muitos humanos “o melhor amigo”, pela importância do papel que desempenhou e ainda desempenha. Algumas dessas funções atravessaram os tempos. Além do valor de troca, energia locomotiva, etc., há duas funções que podem ser colocadas em relevo: a de segurança e a de companhia. Verifica-se assim que alguns dos papéis que o cão desempenhou no período paleolítico persistem ainda nos dias de hoje.
Alguns estudos mais recentes sobre o cão têm demonstrado outras funções desempenhadas no mundo humano, como: auxílio pedagógico em caso de dificuldade de aprendizagem, auxílio em casos de deficiência mental ou física, diagnósticos de doenças, além de funções comerciais e de status. Não é raro se observar uma mistura destas funções. Na medida em que o homem se afasta da natureza, nas grandes cidades a função de companhia que o cão exerce é cada vez mais requerida. Percebe-se uma evolução para parceria, amizade e, em alguns casos, estes animais são assumidos afetivamente “como um membro da família”.
POR UMA ÉTICA AMBIENTAL
Poderíamos falar a respeito de insetos úteis na agricultura, mas nosso objetivo aqui é tocar aspectos das humanidades e das animalidades. A problemática levantada atinge também as áreas rurais, mas enfocamos neste estudo os bairros onde se encontram também aqueles que já foram rurícolas. Neste contexto, pode-se observar que a realidade do cão de rua e do ex-agricultor que mora na periferia se assemelha, ambos são vistos como “praga” e recebem por parte do Estado, tratamentos marginais.
Nesta linha de pensamento o território se desqualifica como modelo de análise, cedendo lugar a um espaço de solidariedade, do mesmo modo as redes que tudo diluem são substituídas pelos processos de reconhecimento das inteligências e das emoções. Dessa forma, ao mesmo tempo em que se assegura o valor da racionalidade, a questão exige um conhecimento complexo que vai além da cientificidade. O saber universal já assume que alguns animais são dotados de pensamento recursivo, sentem dor, saudade, tristeza, melancolia, alegria etc., contestando ele mesmo as velhas teses antropocêntricas.
Mas quais são os direitos de um cão de rua? De outra forma, a quem cabe a responsabilidade sobre um cão de rua? Enquanto o Estado fizer de conta que nada vê e seus ex-donos continuarem agindo como se ele fosse algo descartável, sua pertença cabe, quase sempre por decisão própria, a quem lhe dá carinho e comida. O cão de rua, nesse sentido, se torna um “mal comum”, um ser publicizado, desterritorializado que pode ser visto, ouvido e tocado por todos (Hardin, 2005). Isso faz com que as ONGs que atuam como “anjos da guarda de cães de rua” já não esperem pelas políticas públicas, apostando numa justiça universal acima dos códigos humanos reintegrando-os como partes integrantes da biosfera.
Diante desta compreensão a Sociedade Animal utilizou o expediente da educação ambiental em escolas e praças públicas. Optou também pela castração de animais de rua e de animais cujos donos não tinham condições financeiras. Contudo, essa forma de ação não foi suficiente para inibir o grande número de abandono, em especial das fêmeas grávidas e dos seus filhotes. A experiência demonstrou que a posse irresponsável dos animais não se constitui numa prática exclusiva das classes mais pobres. Como agravante observa-se em feiras, muitas vezes clandestinas, a compra compulsiva de animais como se fossem objetos presenteáveis e desprovidos de vida, sem considerar os cuidados necessários ao seu bem-estar.
CONCLUSÕES
De um modo geral a sociedade e o Estado vem se desresponsabilizando no que diz respeito à posse irresponsável de animais, em especial dos cães. Por conta disso, a reprodução dos cães nas ruas de Florianópolis vem assumindo gradativamente a dimensão de um problema ambiental. Agindo num vazio de políticas públicas, e constantemente sob críticas da própria sociedade, algumas pessoas se reúnem para discutir e tentar resolver o problema. No entanto, o esforço não tem sido suficiente. As redes informais que se criaram neste contexto são muito tênues e inconstantes no tempo, permanecendo como formas mais duráveis, as organizações locais cuja coesão do grupo se estabelece por laços de solidariedade. O cão de rua, por não pertencer a ninguém e ao mesmo tempo pertencer a todos, expõe o dilema, em sua forma urbana, da “tragedy of the commons”.
BIBLIOGRAFIA
HARDIN, G. Tragedia de los comunes. Trad. Horacio B. Sánchez. Gaceta Ecológica, no 37. Instituto Nacional de Ecología. México, 1995.
MURCHO, D. Peter Singer: Um Sócrates para o século XXI. Crítica: Revista de filosofia e ensino. Disponível em: http/www.criticanarede.com. Acesso em: 27/07/2005.
SIMON, A. A. Extensão rural em microbacias hidrográficas como estratégia de gestão ambiental no meio rural catarinense: a qualidade dos sistemas sociais e ecológicos como um patrimônio comum. Florianópolis: UFSC, Florianópolis, 2003. (Tese de Doutorado).
1 Psicopedagoga e Agente de segurañça Socioeducativo. Membro da Sociedade Amigo Animal – Lagoa da Conceição: Florianóplois. eller_psico@pop.com.br
2 Pesquisador da Epagri. Rodovia Admar Gonzaga, 1347, Itacorubi, CP. 502, CEP.8834-901, Florianópolis, SC. simon@epagri.rct-sc.br

domingo, 28 de agosto de 2011

Amo tudo que tem vida!!!


Amo...

Amo meus amigos

Amo minha família

Amo Deus

Amo meus animais de estimação (sem ordem exata)

Eu amo meus amigos pq eles me divertem e sei que posso contar com eles.

Eu amo minha família pq eles sempre querem meu bem

Amo Deus pq ele me ama incondicionalmente e pq ele é uma mistura de amor, carinho e justiça, ele sempre sabe o que faz.

E amo meus animais de estimação pq eles são os únicos que nos meus piores momentos ficam ao meu lado sem dar um ‘miado’ ou um ‘latido’, eles apenas me deixam ficar chorando enquanto os abraço, sem me criticarem, sem ficar perguntando pq eu tô chorando apenas me deixam colocar todos os meus sentimentos pra fora.

E embora eu os ame de formas diferente, eu os amo em igual quantidade, qualquer um deles que seja tirado de mim vai ser muito doloroso pra mim, pq pra mim é como se cada um deles fizessem parte de mim.



Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. Ph neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos,
enigmáticos. As inhas não moram mais aqui. Foram pro espaço, sozinhas.
[Martha Medeiros]

Quem sou eu?Sou alguém que acredita em mim mesma.Uma mulher como tantas outras…
Com grandes sonhos…Que ri…que vibra…e que chora…
As vezes de alegria…outras nem por isso…Alguém que ama…mas que as vezes odeia.
Alguém que considera os fracassos aprendizagem…
Alguém que não tem vergonha de dizer “Amo-te”Não temo em admitir os meus erros
Nem sinto vergonha em dizer “ Desculpa”
Alguém que acredita que o perdão é um libertador de grandes angústias…
Sou alguém que está longe de ser perfeita…Mas que acredita na perfeição….
Não como pessoa…Porque ninguém é perfeito…E muito menos eu...
Mas tentar tornar o nosso dia-a-dia perfeito…E cada momento único!
Não sendo eu um ser humano perfeito….Não desistirei de ser um ser ÚNICO…




Pergunte a você.O que eu sou para você?Isto importa ? !Ser eis me aqui :
Nua despida integra cristalina.Quem eu sou ?Pergunte ao vento.Ao riacho.
À natureza.Ao amor.Ao tudo.Ao nada.Não se questione…Sinta apenas,
Ai você saberá quem eu souUm pouco de vocêUm pouco do nadaUm pouco do tudoSou…
Simples peregrino da vida.Nossa essência tem valor.Tento levar meu amor e paz
Meu ser em eterna transmutaçãoMeu lapidar e aprender de humano
Entender cada vez mais o desamor do mundoAcreditando que somente o amor
Pode tudo transmutar quebrar todos os elos negativos
Sou apenas um simples caminhante em busca do amor e da paz´SÓ…

AMOR VERDADEIRO!!!



Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais... Os animais como os homens demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento”
(Charles Darwin)


“A compaixão universal é a única garantia de moralidade” - Schopenhauer
.
“Amor e compaixão são necessidades, não luxo. Sem eles a humanidade não consegue sobreviver “

“A responsabilidade de todos é o único caminho para a sobrevivência humana."
(Dalai Lama)